O Pr. Luciano Tinoco iniciou a palavra da noite citando os Salmos 65:9: “Tu visitas a terra, e a refrescas; tu a enriqueces grandemente com o rio de Deus, que está cheio de água; tu lhe preparas o trigo, quando assim a tens preparada”.
O ministrante, reporta-se ao salmo para lembrar à Igreja que a terra é preparada, refrescada e enriquecida para frutificar e que esse é o propósito de Deus nesse Júbilo.
Se a Igreja entende a importância das águas e consegue vislumbrar pelo lado espiritual, verá que o tema é o desejo e o propósito de Deus para a Igreja. A água é um líquido inodor, sem cheiro, sem cor, cristalino, límpido, brilhante. Tem um grau de pureza é necessária, importante, valiosa como um diamante. Para se entender os significados proféticos da água na nossa vida espiritual temos que entender seu significado natural na vida humana, ensinou o pastor Tinoco.
As ciências falam de águas naturais, águas territoriais, águas termais, águas potáveis, dentre outras terminologias para esse precioso líquido.
As águas naturais estão presentes na natureza, vem de rios, lagos, cachoeiras, contém sais e gases dissolvidos e se encontram em todos os lugares. O Espírito Santo anunciou que traria à ICMV águas territoriais. E o que são águas territoriais? São as águas naturais que pertencem a um território, a um estado, como se estuda na geografia. As linhas territoriais definem águas territoriais. Elas são brasileiras, caribenhas, americanas, etc..Pertencem a partir de um ponto a uma nação, são exclusivas de um território.
Deus disse que as águas vão rolar sobre o Brasil, mas sobre essa igreja elas serão abundantes: Deus traz águas territoriais para essa casa.
Mas Ele lembra que aquilo que dói, que frustra, e parece perda é ação do capitão das águas. Tome posse dessa profecia, asseverou o homem de Deus!
Águas termais são relaxantes, revigorantes, tem um sentido especial para Igreja, porque são águas que não podem faltar no território da Igreja: são águas que curam e que aquecem.
Águas potáveis são prontas para beber, dá vida, apropriada para o ser humano.
Depois de definir os tipos de águas, o ministrante estabeleceu uma analogia com os ditos populares os quais têm a água como núcleo, explicando que usa essas metáforas porque Deus quer chegar as nossas vidas:
Primeiro: Fulano está entre duas águas. Significa que não está neutro, no meio, sem opinião formada. Posição típica dos hipócritas, que não têm coragem de assumir o sim ou o não. Não é uma posição para o cristão, assegurou. Fique no fundo, o na superfície, nunca no meio, reiterou o pastor.
Segundo: Sicrano suja a água que bebe: significa ser ingrato. Mal agradecido. Cospe no copo que bebe. Também não é posição de cristão que honra o nome do Senhor.
Terceiro: Beltrano bebeu água de chocalho: aquele que fala pelos cotovelos. Quem fala demais, no sentido de dizer o que não deve, que expõe a vida dos outros, dos irmãos, da família, da Igreja não traz bênçãos para a casa.
Quarto: Toda boa água nasce de um manancial. O pastor pergunta à Igreja em júbilo: onde está o manancial? Onde está o povo jubiloso?
Explicou que manancial são águas que não podem parar, é lugar que Deus escolheu fazer jorrar águas abundantes. O ser humano precisa de água. Sem água não há transformação. Sem Espírito Santo não se passa de pecador para santo.
O planeta é formado por 97% de águas salgadas, lembrou o ministrante. Mas água salgada também produz coisa boa, alimentos da mais alta qualidade. Os frutos do mar são comidas saudáveis que fazem bem, pois não contém mau colesterol. Nesse prisma, o pastor assegurou à Igreja que aqueles que têm bebido águas salgadas, usufrua disso, porque Deus assim o permitiu. E deve-se tirar o bom do ruim. Há um lado bom nisso e Deus diz: “Não temas essas águas vão passar!”
Quinto: água demais mata a planta, traz destruição: tsunamis, maremotos, enxurradas, devastação pelas águas... Águas em excesso. Assim como o alimento depende da água para frutificar, há os que morrem pelo excesso se estiver plantada em terra. A planta precisa de água, mas está enraizada no chão, presa na terra. Há pessoas que se comportam diante dos dilúvios como essas plantas, porque não suportam grande quantidade de água.
A chuva vem, se pedimos para inundar, mas só existe um tipo de planta que resiste à inundação, os hidropônicos. Dependem totalmente de água. É aí que Deus quer tratar a Igreja, disse o ministrante. Deus quer que sejamos árvore frutífera, mas hidropônico, que não esteja enraizado no chão, no mundo. Pode abrir as comportas, exortou o pastor.
Se Deus mandar abundante chuva, o cristão só vai resistir se for do tipo hidropônico. E o que é ser hidropônico espiritual? É um alimento diferente, que cresce mergulhado nas águas e águas simbolizam o Espírito de Deus.
Citando Gênesis 7:1 “Depois disse o SENHOR a Noé: Entra tu e toda a tua casa na arca, porque tenho visto que és justo diante de mim nesta geração”, o pastor lembrou a passagem de Noé e sua família, fugindo do dilúvio que assolou a terra, pois estava contaminada. Ele nos destacou que a entrada de Noé e sua família na arca simbolizam a mudança de vida. A arca de Noé sob as águas representa um novo tempo, esperança, restauração.
Deus quer que sejamos hidropônicos, que nos desliguemos do mundo, daquilo que nos prende na terra. Há cristãos que ainda não conseguem deixar de ser carnais, materialistas, que não tomam a decisão de deixar o mundo. Estão tão enraizados nos seus desejos, que repetem o “Pai nosso” mas não seguem a vontade de Deus. Não são hidropônicos. Na analogia bíblica, a arca é a Igreja, só fica na água, não na terra. A Igreja deve ser hidropônica. Totalmente dependente das águas do Espírito. Raízes nas águas, quando vem o dilúvio, flutua, não se prende. O dilúvio trouxe, sobretudo, juízo, punição para quem tem raízes no mundo. Quem tem raízes na terra não deve cantar o coro: “faz chover, Senhor Jesus”!
Deus quer trazer chuva do Espírito sobre a terra, as águas vão rolar como nesses dias na ICMV. Trarão avivamento e a glória, mas também juízo. Quem for terreno, mundano, enraizado na terra, perecerá.
O ministrante desafiou aqueles que ali estavam a ser hidropônicos. O que fazer? Deus fala na revelação da palavra. Porque Deus escolheu Noé? Porque ele valorizava a família. Um dos princípios para ser hidropônicos, seja família, tenha família, não a despreze. Ela é um projeto de Deus, enfatizou o pastor. É o alvo principal do diabo, porque é projeto de Deus. Ela vem primeiro do que a Igreja. Quem perde a família, perde a base. Deus valoriza a família. Quem é hidropônico valoriza a família.
Segundo princípio: para ser hidropônico é preciso ser justo, fiel, honesto, obediente, não ter dois pesos e duas medidas. Não deve buscar atalho para as conquistas, não deixar prevalecer a ilegalidade, porque ali Deus não opera. O inimigo dá corda para depois puxar. Portanto, cuidado, avisa o pastor àqueles que ainda têm o pé no mundo e dão brechas para o diabo acorrentar suas vidas. Quem quer ter a vida plantada na água deve ser justo.
Por último, o terceiro requisito para ser hidropônico está explicitado no início do versículo dois de Gênesis 7 “De todos os animais limpos tomarás para ti sete e sete, o macho e sua fêmea; mas dos animais que não são limpos, dois, o macho e sua fêmea”. Há que ser limpo. Há que haver santidade, vida pura, ter o coração sarado, ser obediente a Deus. Só entrou na arca quem estava limpo.
O ministrante encerrou sua preleção com o texto de Gênesis 7:22: “Tudo o que tinha fôlego de espírito de vida em suas narinas, tudo o que havia em terra seca, morreu”. Afirmou que esse versículo é categórico: tudo que estava enraizado morreu. Quem não é família, não é limpo, não é obediente. Tudo que sonha enraizado no mundo perecerá. E acrescentou: depende muito mais da terra do que de água. Mas Deus quer que esse quadro seja mudado. Os inimigos de Israel não eram hidropônicos. A mesma água Deus usa para afundar os inimigos. Ou seja, a água pode ser benção, mas traz juízo. Portanto- avisou- cuidado, Igreja!
Se a chuva vier em abundância, onde estará enraizado?
Não se esqueça das primícias do tempo para Deus: domingo é dia do Senhor, dedique-o a Ele. Tenha as raízes na água viva!
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