Localização da ICMV

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sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Culto da Vitória de 19-09-08

É tempo de usar os mecanismos que acionam os milagres!

12- E, no dia seguinte, quando saíram de Betânia, teve fome.
13 E, vendo de longe uma figueira que tinha folhas, foi ver se nela acharia alguma coisa; e, chegando a ela, não achou senão folhas, porque não era tempo de figos.
14 E Jesus, falando, disse à figueira: Nunca mais coma alguém fruto de ti. E os seus discípulos ouviram isto.
20 E eles, passando pela manhã, viram que a figueira se tinha secado desde as raízes.
21 E Pedro, lembrando-se, disse-lhe: Mestre, eis que a figueira, que tu amaldiçoaste, se secou.
22 E Jesus, respondendo, disse-lhes: Tende fé em Deus;
23 Porque em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito.
24 Por isso vos digo que todas as coisas que pedirdes, orando, crede receber, e tê-las-eis.
25 E, quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe as vossas ofensas.
26 Mas, se vós não perdoardes, também vosso Pai, que está nos céus, vos não perdoará as vossas ofensas.
(Marcos 11: 12 a 14 e 20 a 26)


O ministrante da noite, o Bispo Roberto Marques, iniciou sua preleção falando à Igreja que, não fosse pela misericórdia do Senhor, há muito já teríamos sido destruídos. Mas, só de estarmos presente nessa noite, devemos agradecer. Porque são vitoriosos os que se reúnem para louvar a Deus. Porque Ele tem dado forças batalharmos. E lembrou-nos que há duas formas de olharmos as coisas: pelo prisma da derrota, daquele que só vê problemas ou pelo prisma do vencedor, que vê em tudo a manifestação do poder de Deus. E Ele foi quem nos fez chegar até aqui. Se olharmos para trás, acrescentou o bispo, podemos enxergar vales, montanhas e rios caudalosos que tivemos que atravessar.
Citando Lamentações de Jeremias 3:21 “Quero trazer a memória aquilo que me traz esperança”, o ministrante exortou a Igreja a olhar para o alto como a águia e não ficar apenas olhando para o chão como faz a galinha. Pois, explicou, a águia alça grandes vôos e enxerga longe. Do alto ela vê pequenos os obstáculos, diferente da galinha que os percebe enormes. Assim, quanto mais na terra estivermos, mais os problemas nos parecerão gigantes, e de outra forma, quanto mais estivermos com os olhos no céu, a nossa perspectiva e a visão dos obstáculos serão diminuídos. O gigante pode até se levantar contra nós, mas se tornará pequeno se comparado ao tamanho de nosso Deus que opera maravilhas. Nossa visão deve estar nas esferas celestiais, assegurou o bispo, lembrando que, como Jeremias, temos que trazer à memória as coisas boas que Deus já nos fez, diferentemente do fazem as pessoas que só visitam o passado para se lembrarem das coisas ruins.
O ministrante leu a palavra em Marcos 11: 12 a 14 e 20 a 26 e explicou à Igreja que Jesus amaldiçoou a figueira quando teve fome e ela não lhe frutos, sabendo que não era tempo de frutos. O que pode parecer uma injustiça, na verdade foi uma lição de fé e de como utilizar os mecanismos que levam aos milagres, ensinados pelo Mestre aos seus discípulos.
Retomando o versículo 13 “E, vendo de longe uma figueira que tinha folhas, foi ver se nela acharia alguma coisa; e, chegando a ela, não achou senão folhas, porque não era tempo de figos”, explicou que uma figueira a figueira é uma árvore que primeiro apresenta os frutos, e só depois a folhagem. Foi por isso que Ele amaldiçoou a figueira, pois ela tentava dar aparência de fruto antes da estação própria para frutificar. Todas as demais figueiras estavam sem folhas. A oferta de folhagem era a promessa da certeza de haver frutos. Mas era engano, aquela figueira camuflava! Porque Jesus não foi injusto, é preciso entender também que Ele não amaldiçoou nenhuma outra figueira que não tivesse folhas foi amaldiçoada no monte das Oliveiras; mas tão somente aquela que representava o engodo, a falsa aparência.
Deus não se agrada de mentiras, então a primeira lição que podemos tirar do texto base dessa noite é que não devemos mentir, nem para Deus, nem a ninguém. Outro aspecto importante é que Jesus amaldiçoou-a e foi-se embora, sem olhar se suas palavras se cumpriram. Ele não se preocupou em verificar se o que tinha determinado tinha acontecido. Mas os discípulos “passando pela manhã, viram que a figueira se tinha secado desde as raízes”, ao que Pedro se admirou, então Jesus se aproveitou daquele momento e mostrou a eles o mecanismo que opera os milagres. Primeiro ponto está explícito no versículo 22: tenha fé em Deus. Para o milagre acontecer é preciso ter fé. Sem fé não se pode fazer absolutamente nada. Qualquer que seja a situação ela só pode ser revertida com a fé. Um segundo ponto é determinar o que quer, explícito nas palavras firmes de Jesus no versículo 23 “Porque em verdade vos digo que qualquer que disser ...”. É preciso ter fé e determinar, proferir com os lábios o quer se que aconteça. Com o coração se crê e com os lábios se confessa. O que pode ser impossível para o homem vem à luz pela fé. O bispo fez ainda a citação de Lucas 17:6 “Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a esta amoreira: Desarraiga-te daqui, e planta-te no mar; e ela vos obedeceria”, lembrando que o grão de mostarda é um minúsculo grão, mas sua planta é grande. O que significa que por menor que seja a fé ela pode trazer a vida coisas bem maiores, se lançada em lugar certo. Crer em Deus, proferir o que se espera, mas em duvidar. Eis outro ponto que move o mecanismo do milagre, afirmou o bispo. É preciso, pois, treinar o coração para não vacilar, porque muitas vezes a boca confessa, no entanto, o coração vacila. Citando os Salmos 42: 5 “Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas em mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei pela salvação da sua face”, explicou que o coração representa a alma e que o salmista fala a sua alma para ficar abatida, para confiar em Deus, pelo que Ele ainda irá fazer, o que pode ser impossível para nós e para toda a humanidade, porque para Deus nada é impossível.
O bispo reiterou os passos: crer em Deus, determinar o que se quer. O que não significa mandar em Deus, porque Ele está acima de tudo e de todos, mas exercer a autoridade por Ele conferida a nós, sobre todas as criaturas viventes. Quando Deus criou o mundo e o homem Ele disse: “e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra. Gênesis 1:26. Portanto, ensinou o bispo, Deus colocou sobre o homem a autoridade para exercer o domínio sobre todas criaturas, isso significa que deu a nós também autoridade sobre o diabo, que é criatura. E que saibamos que ele é o deturpador das coisas: ele diz que não podemos, que somos derrotados, quando na verdade ele é grande derrotado que tenta nos imputar sua característica. Nós sim, podemos tudo em Deus, o grande manancial de poder e de autoridade que nos criou para sermos vencedores e exercer essa autoridade.
Deus deixou bem claro que Ele quer que vençamos e que todas as coisas acontecem no tempo Dele, explicou o bispo, citando o episódio vivido pelos apóstolos Pedro e João no livro de Atos 3: 1-8:
1 E Pedro e João subiam juntos ao templo à hora da oração, a nona.
2 E era trazido um homem que desde o ventre de sua mãe era coxo, o qual todos os dias punham à porta do templo, chamada Formosa, para pedir esmola aos que entravam.
3 O qual, vendo a Pedro e a João que iam entrando no templo, pediu que lhe dessem uma esmola.
4 E Pedro, com João, fitando os olhos nele, disse: Olha para nós.
5 E olhou para eles, esperando receber deles alguma coisa.
6 E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda.
7 E, tomando-o pela mão direita, o levantou, e logo os seus pés e artelhos se firmaram.
8 E, saltando ele, pôs-se em pé, e andou, e entrou com eles no templo, andando, e saltando, e louvando a Deus.

O bispo serviu-se deste episodio para lembrar à Igreja que Deus faz as coisas em seu devido tempo, ponderando quantas vezes Jesus, enquanto vivia Seu ministério na terra, como freqüentador assíduo do templo, deve ter passado por aquele homem e não o curou. Isso porque não seria o tempo de Deus. Mas no tempo certo as coisas acontecem. A palavra também não diz que o paralitico pediu a cura aos apóstolos, ou que ele cria. Porém, Pedro não duvidou do poder a ele conferido e no nome de Jesus exercitou o seu dom de cura. E, para a honra e glória de Deus, o paralitico seguiu-os, saltando, louvando ao Senhor, templo adentro.
Não duvidar é agir como se o milagre já estivesse acontecido. Pedro não viu, mas creu e não duvidou em seu coração. Com esse exemplo, o ministrante afirmou à Igreja que é tempo de acionar os mecanismos que operam os milagres em nossas vidas. E que esse tempo é agora. Já. É para hoje, não para amanhã. Porque tudo o quanto em oração pedirmos obteremos. Ele mostrou o quadro com as fotos dos nossos familiares, para os quais intercedemos sempre, buscando sua conversão, lembrando que muitos deles já são do Senhor.
No entanto, asseverou o ministrante, há algo mencionado por Jesus na passagem da figueira estéril que impede os milagres de acontecerem, ainda que todos os passos sejam seguidos: fé, determinação, certeza no coração. A ausência de perdão. Se retivermos perdão, e mantivermos as raízes de amargura, o milagre não acontece. Fundamentando-se na passagem de Jesus agonizando na cruz do calvário, o bispo lembrou a todos que o maior milagre de Jesus foi o de salvar a humanidade. E, naqueles momentos finais, antes de entregar Sua alma ao Pai, Ele perdoou aqueles que o maltrataram ate a morte. Cristo liberou perdão, esse é o grande exemplo.
Finalizando, depois de apresentar vários exemplos de exercícios de fé que movimentaram milagres, o bispo assegurou que milagres acontecem quando colocamos esses mecanismos para funcionar, ensinando à Igreja que não devemos ficar preocupados depois de orarmos. Todo milagre é para a glória de Deus. Citou João 15:7 “Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito”, para assegurar que assim não há montanha que não nos obedeça, nem principado, nem obstáculo algum, porque tudo foi colocado debaixo de nossos pés. Declaremos pois nossa vitória, exortou o bispo, abençoando a Igreja com a paz do Senhor.

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