Localização da ICMV

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domingo, 15 de agosto de 2010

Culto da Manhã de Domingo de 15-08-10



É tempo de perdoar para frutificar

O ministrante da manhã, o Bispo Roberto Marques, iniciou a preleção lembrando João 15:15, versículo tema da série de palavras que vem trazendo à Igreja. Somos analfabetos da palavra de Deus, afirmou, pois não a usamos sabendo ou compreendendo o seu verdadeiro sentido. Muitas são as expressões ou palavras que empregamos sem nos dar conta de seu significado.
Estar fora do caminho, não ter raízes profundas e ter o mundo dentro de nós nos impedem de frutificar, relembrou. Jeremias diz no capitulo 17 que nós devemos ser uma árvore plantada, que lança suas raízes nas águas: um carvalho que lança suas águas junto ao ribeiro está sempre verde, ensinou o bispo ponderando que Deus nos tem como um projeto. Uma árvore plantada é um projeto, planejada para frutificar. Deus espera que frutifiquemos para que Ele venha buscar os frutos. E o cristão só tem fruto: o amor, que segundo diz Gálatas 5:22
Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
Viver o amor de Deus como diz Paulo não é fácil e ultimamente o amor tem se esfriado. Falta fidelidade, isso em todos os aspectos. Nem mesmo no plano político isso se observa. E na igreja não é diferente. Por pouco as pessoas deixam de congregar. Muitos procuram uma igreja mais próxima, ou até outras opções. Casamento é outro aspecto, o pacto, aliança não é respeitada. O amor acaba por pouco. Se você não tem a fidelidade ao seu pacto, à aliança, é muito mais fácil deixar para lá, procurar outra pessoa, com a qual também não se firmará, porque os problemas acontecem e quando o compromisso não é considerado não perdura a relação. A desculpa é que não há mais amor. Mas esse amor precisa ser recuperado. É preciso lutar pela família, pelo relacionamento, pela Igreja. Não é certo pensar: “não deu certo arruma-se outro emprego, outro cônjuge, outra igreja”. O correto é pensar como Deus: lutar e se firmar. É por isso que a ética vai se embora, pois não há compromisso, não há fidelidade. Isso enfraquece as instituições. Tudo isso acontece porque não temos demonstrado amor. dar abraços, dizer eu te amo fica apenas no superficial, na aparência, mas é preciso demonstrar verdadeiro amor.
A mansidão, o domínio próprio e perdão demonstram o amor. Essa é a palavra de hoje, explicou o bispo, citando um ditado popular: “Boi manso é derruba a cerca”. Essa sabedoria popular nos lembra que são os mansos que herdam. São eles que conseguem. O bravo apenas se machuca e nada consegue. Isso acontece em nossa vida. Só conseguimos realizar com temperança e mansidão. Aqueles que estouram, com um boi raivoso para derrubar um obstáculo, apenas se machuca, enquanto o boi manso vai aos poucos, com persistência e assim consegue seu objetivo.
Moisés agiu assim. Ele ficou quarenta anos tentando fazer as coisas ao seu modo, pela sua ansiedade atrasou quatro décadas o projeto de Deus. Se você age com ansiedade, os planos de Deus se atrasam e você fica mais tempo no deserto. Os propósitos de Deus se cumprirão independente de nós, garantiu.
Temperança é outra palavra que precisa ser compreendida. A temperança leva à resistência. Quem recebe têmpera fica firme e não se trinca, não perde a resistência. Muitos querem ter a temperança, mas não querem o processo de receber a temperança. Isso implica agüentar o tranco, suportar as críticas, dar a outra face. É um processo difícil, que Paulo bem demonstrou. Ele afirmou em Filipenses 4: 13 “Tudo posso Naquele que me fortalece. “ E isso só foi possível porque ele passou pelo processo de temperança. Várias vezes ele foi chicoteado, mas chegou a falar que tudo pode, Naquele que fortalece. Temperança é necessário porque nem sempre na vida cristã as coisas são fáceis. Há os que estão para dificultar o caminho, para fazer oposição. Paulo sofreu tudo isso: oposição, traição, abandono, mas ficou, na expressão goiana “com casca grossa”. O diabo tem colocado na mente de muitos uma dimensão maior dos problemas e muitos irmãos se ofendem por pouca coisa. Mas é preciso nos colocar no lugar dele e ver o porquê ele está se sentindo ofendido. Para você pode não ter um significado, mas para ele pode representar a abertura de uma ferida. Isso significa entender o perdão. Liberar perdão não é fácil, mas é abrir mão se deus direitos e perdoar. Essa é a maior demonstração de amor. Deus é perdoar, faz parte de seu caráter perdoar. Perdoar não apenas de boca, mas trabalhar isso em sua vida. Para isso é necessário esquecer. Deixar morrer o passado. Entretanto, deixamos o passado vivo e matamos a pessoa. Não mate a pessoa, mas o que ela fez. Valorize os pontos positivos e não os negativos. É interessante que muitos se lembram de 1% do que a pessoa fez de mal e não se lembra dos 99% que a pessoa fez. É preciso destacar os pontos positivos. Destaque as coisas boas que ela fez a você. Traga a sua memória as coisas boas que ela lhe fez. É uma ferramenta para você perdoar. Lembre de que ela lhe socorreu nas horas difíceis, que esteve do seu lado quando estava só e outros estavam distantes. Lembre-se do que ela fez de bom e esqueça os momentos ruins, pois todos passamos por isso também.
O bispo lembrou o processo de frutificação da figueira. Muitos agem como a figueira mentirosa, mostram as folhas e não apresentam frutos. Há figueiras frondosas, de bela folhagem, mas isoladas e sem frutos... É preciso frutificar para Deus, completou.

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