O Pastor Bob Sorge informou à Igreja que há 21 anos teve um
problema com sua voz, mas está buscando de Deus a cura, acrescentando que a
palavra de hoje tem a ver com essa experiência e que assumiu que é um pregador
que roda o mundo, mas continua pregando para si. Se a mensagem de hoje não servir para a
Igreja, com certeza, servirá para o pregador, assumiu, convidando a igreja
a ler Lucas 18: 1-8:
1. Contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar
sempre, e nunca desfalecer.
2. dizendo: Havia em certa cidade um juiz que não temia a
Deus, nem respeitava os homens.
3. Havia também naquela mesma cidade uma viúva que ia ter
com ele, dizendo: Faze-me justiça contra o meu adversário.
4. E por algum tempo não quis atendê-la; mas depois disse
consigo: Ainda que não temo a Deus, nem respeito os homens,
5. todavia, como esta viúva me incomoda, hei de fazer-lhe
justiça, para que ela não continue a vir molestar-me.
6. Prosseguiu o Senhor: Ouvi o que diz esse juiz injusto.
7. E não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que dia e
noite clamam a ele, já que é longânimo para com eles?
8. Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Contudo quando
vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?
O preletor orou, clamando a orientação do Espirito para que
todos entendam a mensagem e explicou que nessa parábola Jesus está falando
sobre o final dos tempos. Essa é uma parábola direta sobre o final dos tempos e
é muito mais relevante para nós hoje do que foi há dois mil anos, afirmou. Essa
parábola vai falar da oração e Jesus vai tratar da questão principal que o
mundo faz em relação à oração. Por que Deus às vezes demora tanto? Quem nunca
fez essa pergunta, ponderou o preletor,
afirmando que se houver alguém que nunca tenha feito essa pergunta está
dispensado. Jesus diz que devemos sempre orar sem desanimar. Não precisamos
ficar imaginando o que Jesus queria dizer com essa parábola. Lucas dá essa
explicação no início do capítulo, no versículo 1. Essa parábola nos foi dada para que não desanimemos, Lucas 18 :1. "Contou-lhes
também uma parábola sobre o dever de orar sempre, e nunca desfalecer".
Jesus está descrevendo um homem fraco. Um homem que um dia
estaria na presença de Deus dando conta de suas obras. Se alguém fosse vítima
da violação de alguma pessoa e chegasse até esse juiz, estaria sozinho, pois
esse homem não se importava com nada. A única coisa com a qual esse juiz se
importava era com dinheiro. Se fosse subornado, talvez fizesse algo em prol de
alguém. Mas essa parábola é toda construída em torno de uma viúva que insistia
em ter seus direitos. Quando pensamos em uma viúva, pensamos em alguém que teve
perdas. Ela perdeu seu marido, seus bens, sua condição social. Estava
totalmente vulnerável e suplicando que o juiz lhe fizesse justiça, porque o seu
adversário contava com sua vulnerabilidade para se sobrepor a ela. Contava com
o fato de que ela não tinha ninguém para defendê-lá. O adversário está procurando pessoas nessa
condição, pois ele veio para matar, roubar e destruir. O alvo do adversário é
alguém vulnerável. Ele espera por um momento de fraqueza. Quando não estamos
esperando, quando estamos despreparados, sem alguém que nos apóie, ele nos
ataca. Esse adversário não pode atingir a Deus diretamente, então busca atingir
a Deus nos atingindo, porque somos a menina dos olhos de Deus, segundo a
Bíblia. O adversário está em guerra com Deus. Ele procurou atingir aquela
viúva, mas ela tinha uma coisa com a qual o adversário não estava contando. Ela
podia chorar e suplicar. Ela levou sua suplica até o juiz, ela se plantou na
frente do juiz e suplicou: faça- me justiça diante de meu adversário. Quando
nos prostramos diante de Deus e pedimos que nos faça justiça sobre nosso
adversário, não podemos ficar silenciosos. Não podemos ficar calados, sem fé,
pois Jesus sempre levará nossa súplica para Deus. O adversário fará de tudo
para nos desencorajar, para nos distrair, ou para fazer com que nos calemos.
Mas precisamos perseverar, insistindo ao juiz que faça justiça. Aquela viúva
colocou em sua cabeça que iria insistir com o juiz e por isso o seguia aonde
Fosse. O juiz não conseguia ir a lugar algum sem que encontrasse aquela mulher
suplicando pela justiça. Então o juiz decidiu que iria fazer alguma coisa por
aquela mulher, não porque se implorasse com ela, mas porque se importava
consigo e não queria mais ser importunado. Jesus nos conta essa parábola para
mostrar o contraste com nosso Deus, pois
Ele não foge de ser importunado, quando agimos como aquela viúva. Deus ama
quando clamamos a Ele, quando derramamos nossas lágrimas.
Quando Deus estava formando a sua família, Ele o escolheu
por nome e o escolheu, assegurou o pastor. Você foi escolhido por Deus,
garantiu. Você é a menina dos Seus olhos assegurouo preletor. Ele tem uma afeição por nós, então não irá socorrer os seus amados que suplicam
por Ele dia e noite, ponderou o pastor, afirmando que essa é uma pergunta
retórica. Jesus está fazendo uma afirmação: Deus vai atender aos seus amados
que suplicam a Ele e que nunca desanimam. Deus vai acolher os Seus eleitos
assegurou refletindo sobre a tradução de
Lucas 18:7 para o Português:
" E não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que dia e noite clamam a
ele, já que é longânimo para com eles?"
A tradução assegura que há uma só pergunta retórica: Não deve Deus atender aos Seus escolhidos que
suplicam por Ele? Ele pode demorar a atender, asseverou o pastor, explicando
que às vezes Deus demora um pouco, às
vezes demora bastante tempo. Levar um tempo em Grego significa muito tempo, afirmou o preletor. Quando Deus nos diz: "espera em
mim", não ficamos encorajados, pois não estamos na mesma dimensão do tempo
de Deus. Parece que a ferramenta favorita de Deus é o tempo. Por que será que Deus usa sempre a
mesma ferramenta, em vez de usar as outras tantas disponíveis que poderia usar
para nos atender? É porque, quando estamos esperando Nele, temos nossos olhos
focados Nele. Quando estamos esperando em Deus, Ele está mudando tudo ao nosso
respeito. Para fazer o trabalho rápido, Deus espera. Quando Deus quer acelerar
sua atividade em nossa vida, quando quer que cresçamos rapidamente, Ele faz com
que todas as coisas entrem em espere. Para que José do Egito crescesse rápido,
ele foi preso. Quando Deus nos coloca na prisão, tudo fica parado. Deus me
perguntou, contou o pastor: Bob, você quer ser curado, ou quer ser
transformado? Eu disse, sim, quero ser curado e transformado, ensinou o
preletor, afirmando que enquanto esperamos em Deus não podemos contar a
mingúem, porque é a coisa mais controversa que há, pois ninguém vai achar que estamos
fazendo a coisa certa. As pessoas vão achar que estamos usando isso como
desculpa para nossa falta de ação. Há pessoas que pensam que esperar em Deus é
como tomar uma limonada na beira da praia. Isso não é esperar em Deus,
assegurou o pastor.
A viúva fez uma súplica de sete palavras: faça-me justiça
diante de meu adversário. Com essa parábola Jesus nos deu a mais poderosa
oração que poderia nos dar. Quando suplicamos a Deus por justiça, Ele age.
Justiça envolve restauração daquilo que o inimigo nos roubou. Justiça obriga
que o adversário devolva o que roubou integralmente. Mas justiça exige também o
que entendemos por restituição. Isso envolve punição. Quer dizer ressarcir
coisas que foram roubadas por um longo tempo. O adversário nos roubou algo, mas
o Senhor andou conosco por um longo tempo. Não é suficiente restaurar aquilo
que nos foi roubado. A justiça fala que o adversário tem que restituir o que
lhe foi tirado por em longo tempo. Vejamos isso, na história de José. A justiça
mandou restituir a liberdade a José, mas isso não seria suficiente para
ressarci-lo do tempo perdido na prisão, por isso a justiça mandou lhe dar o
trono, uma alta posição na corte de Faraó. Com o exemplo de Jó, o preletor
mostrou que por tudo o que perdeu ele teve muito mais, mas não foi suficiente.
Ele teve a revelação do trono. Se antes conhecia a Deus por ouvir falar, agora
conhecia por revelação. Outro exemplo foi o de Isabel. Durante anos era
estéril, estava casada há anos com Zacarias, mas não podia lhe dar filhos, o que
na época era motivo até de repúdio. Mas quando esperamos pelo Senhor, Ele nos abençoa e nos usa. Foi o
que aconteceu com Isabel. Deus lhe fez justiça, restituindo-lhe a condição de
ser mãe e lhe restaurou, pois ela foi a mãe de João Batista, o profeta que
anunciou a vinda e que batizou Jesus no Jordão.
Falar em justiça é suplicar por restauração e restituição,
reiterou o pastor citando Provérbios 6
- 30. Não é desprezado o ladrão, mesmo
quando furta para saciar a fome?
31. E, se for apanhado, pagará sete vezes tanto, dando até
todos os bens de sua casa.
Eus por que Deus demora tanto a nos atender. Ele quer nos
dar além de restrição, restauração. Mas para que isso aconteça, Ele precisa
ficar muito tempo conosco. Se Ele atender a nossa oração rapidamente, só vamos
receber restituição. E Ele deseja muito mais para nós, garantiu o preletor.
Lucas 18:8. "Digo-vos que depressa lhes fará justiça.
Contudo quando vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?"
Ou Jesus responde rápido, ou pega um longo tempo conosco,
afirmou o preletor, demonstrando a dificuldade das traduções, porque há um
paradoxo na parábola. Muitas vezes Deus espera muito tempo, ou uma eternidade
para transformar depois rapidamente. Esperar um tempo para depois ver a coisa
acontecer de repente. Jó esperou um longo tempo e a mudança aconteceu
rapidamente. Abraão esperou anos para
receber a promessa. José esperou dez anos na prisão, para ser liberto, mas
rapidamente após isso foi colocado como governador do Egito. Moisés esperou 40 anos. Davi e muitos outros
exemplos na Bíblia podem nos mostrar que esperaram muito tempo para de repente
verem as coisas acontecerem. Provavelmente, isso acontecerá com você, assegurou
o pastor, finalizando com Habacuque 2: 3
"Pois a visão é ainda para o tempo determinado, e se apressa para o fim.
Ainda que se demore, espera-o; porque certamente virá, não tardará."
O paradoxo aqui é o mesmo da parábola, explicou o preletor:
ainda que demore, não demorará. Essa visão dada a Habacuque mostra o tempo em
que Deus tratou o Seu povo, para libertá-lo da Babilônia. Quem estudou história
sabe que aquela nação que parecia indestrutível caiu em uma noite. Os persas e
medos a tomaram em uma noite, depois de
uma espera que hoje sabemos ter durado setenta anos.
O chamado dessa palavra é: não desanime e a chave está
nestas sete palavras: faça-me justiça diante de meu adversário.
Por isso, não desanimem, exortou o pastor, conclamando a
Igreja a pedir por justiça diante de Deus, sabendo que mesmo demorando um bom
tempo vai receber a restituição e a restauração. Espere, não vai demorar!
Nenhum comentário:
Postar um comentário