A Bispa Waldinéia, ministrante da manhã de domingo, cumprimentou os pais presentes, lembrando que a família é um projeto de Deus e que o pai é o sacerdote, convidou a Igreja a ler Ezequiel 37
1. Veio sobre mim a mão do Senhor; e ele me levou no Espírito do Senhor, e me pôs no meio do vale que estava cheio de ossos;
2. e me fez andar ao redor deles. E eis que eram muito numerosos sobre a face do vale; e eis que estavam sequíssimos.
3. Ele me perguntou: Filho do homem, poderão viver estes ossos? Respondi: Senhor Deus, tu o sabes.
4. Então me disse: Profetiza sobre estes ossos, e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do Senhor.
5. Assim diz o Senhor Deus a estes ossos: Eis que vou fazer entrar em vós o fôlego da vida, e vivereis.
6. E porei nervos sobre vós, e farei crescer carne sobre vós, e sobre vos estenderei pele, e porei em vós o fôlego da vida, e vivereis. Então sabereis que eu sou o Senhor.
7. Profetizei, pois, como se me deu ordem. Ora enquanto eu profetizava, houve um ruído; e eis que se fez um rebuliço, e os ossos se achegaram, osso ao seu osso.
8. E olhei, e eis que vieram nervos sobre eles, e cresceu a carne, e estendeu-se a pele sobre eles por cima; mas não havia neles fôlego.
9. Então ele me disse: Profetiza ao fôlego da vida, profetiza, ó filho do homem, e dize ao fôlego da vida: Assim diz o Senhor Deus: Vem dos quatro ventos, ó fôlego da vida, e assopra sobre estes mortos, para que vivam.
10. Profetizei, pois, como ele me ordenara; então o fôlego da vida entrou neles e viveram, e se puseram em pé, um exército grande em extremo.
11. Então me disse: Filho do homem, estes ossos são toda a casa de Israel. Eis que eles dizem: Os nossos ossos secaram-se, e pereceu a nossa esperança; estamos de todo cortados.
12. Portanto profetiza, e dize-lhes: Assim diz o Senhor Deus: Eis que eu vos abrirei as vossas sepulturas, sim, das vossas sepulturas vos farei sair, ó povo meu, e vos trarei à terra de Israel.
13. E quando eu vos abrir as sepulturas, e delas vos fizer sair, ó povo meu, sabereis que eu sou o Senhor.
14. E porei em vós o meu Espírito, e vivereis, e vos porei na vossa terra; e sabereis que eu, o Senhor, o falei e o cumpri, diz o Senhor.
15. A palavra do Senhor veio a mim, dizendo:
16. Tu, pois, ó filho do homem, toma um pau, e escreve nele: Por Judá e pelos filhos de Israel, seus companheiros. Depois toma outro pau, e escreve nele: Por José, vara de Efraim, e por toda a casa de Israel, seus companheiros;
17. e ajunta um ao outro, para que se unam, e se tornem um só na tua mão.
18. E quando te falarem os filhos do teu povo, dizendo: Porventura não nos declararás o que queres dizer com estas coisas?
19. Tu lhes dirás: Assim diz o Senhor Deus: Eis que eu tomarei a vara de José, que esteve na mão de Efraim, e as das tribos de Israel, suas companheiras, e lhes ajuntarei a vara de Judá, e farei delas uma só vara, e elas se farão uma só na minha mão.
20. E os paus, sobre que houveres escrito, estarão na tua mão, perante os olhos deles.
21. Dize-lhes pois: Assim diz o Senhor Deus: Eis que eu tomarei os filhos de Israel dentre as nações para onde eles foram, e os congregarei de todos os lados, e os introduzirei na sua terra;
22. e deles farei uma nação na terra, nos montes de Israel, e um rei será rei de todos eles; e nunca mais serão duas nações, nem de maneira alguma se dividirão para o futuro em dois reinos;
23. nem se contaminarão mais com os seus ídolos, nem com as suas abominações, nem com qualquer uma das suas transgressões; mas eu os livrarei de todas as suas apostasias com que pecaram, e os purificarei. Assim eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus.
24. Também meu servo Davi reinará sobre eles, e todos eles terão um pastor só; andarão nos meus juízos, e guardarão os meus estatutos, e os observarão.
25. Ainda habitarão na terra que dei a meu servo Jacó, na qual habitaram vossos pais; nela habitarão, eles e seus filhos, e os filhos de seus filhos, para sempre; e Davi, meu servo, será seu príncipe eternamente.
26. Farei com eles um pacto de paz, que será um pacto perpétuo. E os estabelecerei, e os multiplicarei, e porei o meu santuário no meio deles para sempre.
27. Meu tabernáculo permanecerá com eles; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo.
28. E as nações saberão que eu sou o Senhor que santifico a Israel, quando estiver o meu santuário no meio deles para sempre.
A Bispa lembra a Igreja que esse texto fala de uma grande nação em crise e pondera que nos dias atuais também estamos vivendo crises, momento de tragédias, famílias se deteriorando, diante de uma sociedade que caminha a passos largos para o precipício. Mas, assegurou, o Deus que restaurou Israel é o mesmo ainda hoje. Algo precisa acontecer nas nossas vidas, urgentemente, para que a nação seja restaurada. Precisamos fazer a diferença,porque somos o povo escolhido por Deus para ser diferente, para fazer a diferença, exortou a Bispa. Há muitas semelhanças entre o que acontecia com o povo de Israel e o que ocorre hoje. Deus enviou vários profetas para exortar, aconselhar o povo, mas ele não quis ouvir. Então precisou mandar o castigo, para conter os frutos amargos da rebeldia. Aquela nação era um monte de ossos secos, como na visão do profeta. Aquele povo havia perdido a sua essência, a sua seiva de vida. Uma nação que tinha a água viva estava abrindo poços de água podre. Deus quer trazer vida ao seu povo. A situação de muitos crentes hoje é a mesma. Estão mortos vivos, tornaram-se religiosos apenas, a palavra não faz efeito. Entram e saem da mesma forma, porque não dão abertura para que o Espírito de Deus opere, não deixam que o louvor liberte. É preciso ter disposição para que o Espírito nos renove. Para ir aos shows do mundo as pessoas não medem esforços, desprendem energia, mas não fazem o mínimo de esforço para buscar a Deus. Há quem se desdobre para ser o melhor em seu trabalho, mas na Casa de Deus nada fazem, tudo lhes é incômodo. Outros se entregam aos pecados, como se não fossem contaminados. Há os que se incomodam com o tempo do culto, que passa a ser apenas uma obrigação religiosa. Não sentem saudades de Deus. Estão mortos vivos, pois mortos não sentem saudade de Deus. O morto é insensível, Deus fala, chama, ensina, mas para quem está morto isso não tem sentido. Não se abalam com a perspectiva da perdição. O morto não trabalha para Deus, não se preocupa com as coisas de Deus. Israel estava assim, como muitos hoje, mortos, insensíveis. Mas, afirmou a ministrante, Deus é quem toma a iniciativa da restauração, conforme mostra o versículo 3, 4,5 e 6. É Deus que pergunta, que manda profetizar e que ordena a restauração. O drogado se liberta, o adúltero abandona o pecado, o feiticeiro deixa esse caminho de perdição. É possível ter jovens santos, maridos e esposas fiéis. É possível ter uma Igreja de oração, com cadeiras ocupadas por pessoas sedentas por Deus. Ezequiel tomou uma posição, que hoje também precisamos tomar. Deus disse: profetiza a esses ossos. Deus chama os ossos à palavra. E não há outra forma de receber a restauração, a não ser pela palavra. Há muitas igrejas que estão pregando o que o que seus membros querem ouvir: afagos, em vez de exortações, afirmou a Bispa. O sopro do Espírito Santo é a condição para a regeneração, porque nos convence do pecado e do juízo. Há um processo para a restauração, ensinou a ministrante, mostrando que Ezequiel ouviu um ruído. Há pessoas confundindo agitação com restauração. Os ossos se agitaram, mas ainda eram ossos. A pele começou a se formar, mas ainda estavam sem vida. Não podemos ter aparência de religiosos, ter vestimenta e até vocabulário de cristão. Precisamos viver como cristãos, asseverou a Bispa, afirmando que só o Espírito Santo pode nos dar o sopro de vida. Chega de desculpas para não fazermos a Obra do Senhor, clamou a Bispa. Não importa em que buraco nos enfiamos, as cadeias que nos aprisionam, a sepultura que nos reveste, Deus quer nos libertar das vestes mortuárias. Ele quer nos dar vestes novas, e nos fazer pessoas cheias de vida. Deus quer nos tirar desse vale de ossos secos. Dessa letargia mortal que nos aprisiona a uma sepultura. Ele quer desatar dessa cadeia que nos prendem: os medos, os traumas, o sentimento de culpa que nos consome. Quantas vezes deixamos o diabo nos acusar, entrar pelas brechas das culpas que levam a um buraco existencial, ponderou a Bispa, relatando sua própria vivência de se deixar aprisionar por esses sentimentos. No versículo 14, Deus afirma que porá o Seu Espírito naqueles ossos para que vivam, e confirma nos versículos 22 a 25. Deus restaura relacionamentos para que as mágoas se extingam, assegurou a Bispa, reiterando que Deus quer restaurar o nosso relacionamento com Ele, por isso, no versículo 26 em diante garante que estabelecerá um pacto perpétuo de paz. Se estamos na condição de mortos insensíveis, precisamos ouvir e permitir que essa palavra traga diferença em nossas vidas. Deus está nos chamando para uma intimidade com Ele. Talvez não tenhamos mais uma chance como essa. Deus nos convoca a ser autênticos cristãos. O que deve nos importar é agradar a Deus. É fazer a vontade Dele, porque jamais conseguiremos agradar aos homens, por mais que nos esforcemos, assegurou a ministrante, conclamando a Igreja a se unir com ela neste propósito que assumiu, desde que percebeu que nunca conseguiu agradar a todos nesses 25 anos de pastorado.
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