Localização da ICMV

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domingo, 4 de outubro de 2009

Culto de Louvor e Adoração de 04 de setembro de 2009

É tempo de obedecer ao primeiro mandamento
O ministrante da noite, Pastor Ricardo Hermes, iniciou sua preleção utilizando a reportagem de capa da Revista Eclésia, Edição nº 137.

“Como será o Brasil evangélico?
Em 2020, metade da população brasileira será protestante. Isso é bom ou ruim?”

A reportagem diz que em Dezembro de 2009 seremos cerca de 25% da população brasileira, ou 50 milhões de evangélicos no Brasil. E em 2020, possivelmente seremos 105 milhões. E isso significa 50% da população brasileira!
Lembrou que, em 1991 (ano em que se converteu), éramos pouco mais de 9% da população e sempre orávamos pela conversão dos brasileiros.
Agora, em 2009, somos quase 25% e em 2020 seremos 50% da população. Porém, a pergunta que abre a reportagem é: Isso é bom ou ruim?
Esta pergunta o intrigou, deixando-o, de certa forma, decepcionado e curioso para saber a resposta, pois este crescimento sempre foi alvo de nossas orações. Porém, a reportagem apresenta grande preocupação em relação à qualidade deste crescimento, e principalmente quanto à qualidade dos novos crentes.
Antes de continuar a ministração, afirmou que gostaria de saber como a Igreja desenharia o rosto do mundo? Alegre, triste, sorridente, chorando, com medo, com frio, seguro, firme, gordinho, desnutrido, enfim, como você vê o mundo?
Geralmente, vemos o mundo a partir da nossa realidade. E isso não tem nada de errado, porém isso demonstra a nossa limitação em nossa visão, pois vemos apenas a partir da forma que conhecemos.
A Organização Mundial da Saúde relata que 5 milhões de crianças morrem todos os anos por causa da má nutrição.
O Alto Comando das Nações Unidas para os Refugiados tem sob seu cuidado 20 milhões de pessoas que estão fugindo de seus próprios países por causa do Governo local.
A Unicef estima que 100 milhões de crianças dormem todas as noites nas ruas dos grandes centros urbanos.
Outro dia (e quase sempre) explodiu uma bomba no Oriente Médio.
Uma mulher é espancada a cada 15 segundos nos Estados Unidos.
Existem muitas explicações para estes casos, muitas previsões, mas poucas ações e, quando existem, são ações isoladas. Há pessoas famintas não pela escassez de alimento, mas pela desigualdade em sua distribuição, assim como em relação às riquezas, à educação e aos meios de produção.
Tudo isso nos levar a entender que os principais problemas da sociedade mundial têm tudo a ver com problemas sociais, porém são conseqüências de um problema mais profundo ainda: o descaso espiritual, afirmou o ministrante.
Um grande exemplo disso: no prédio da Suprema Corte em Washington, nos Estados Unidos, bem acima do assento dos juízes, entre as muitas figuras esculpidas ali, está um personagem com tábuas de pedra na mão direita. É Moisés, e as tábuas são as do código moral e espiritual conhecido como Dez Mandamentos, explicou o pastor.
As gerações que estabeleceram aquele prédio não tinham a arrogância de reconhecer que precisavam de orientação. Eles tinham a disposição de reconhecer o significado e a influência dos 10 mandamentos sobre a sociedade, e parece que não lhes incomodava o fato de não terem sido eles que inventaram tais leis. Alguns ativistas, porém, sugerem a exclusão destas figuras dos prédios públicos.
A auto-suficiência e a arrogância do nosso tempo tentam sempre sugerir que a ciência terá resposta e solução para tudo. É exatamente por causa dessa insensatez que as coisas chegaram ao atual estado de crise moral e espiritual, e, depois de explorarmos um pouco mais sobre o assunto, agora consigo entender o porquê da pergunta na capa da revista: “Brasil evangélico. Isso é bom ou ruim?”.
Diante dessa situação tão alarmante, porém de esperança no crescimento do evangelho em nosso país, o pastor Ricardo convidou a Igreja a conversar sobre os Dez Mandamentos, iniciando nesta noite pelo primeiro mandamento, no texto do livro do Êxodo capítulo 20.1-17.
Os Dez Mandamentos são princípios que têm aplicação moral e racional em nossa vida. Ao testar esses princípios em nossas vidas e torná-los parte do nosso mundo, saberemos com certeza que eles continuam válidos. Os 4 primeiros tratam do nosso relacionamento com Deus e os outros 6 do nosso relacionamento interpessoal. Por isso, Jesus os resumiu em apenas 2 mandamentos, conforme o texto de Mateus capítulo 22.34-40.
Então, exortou o pastor “não hesitemos, e sigamos em frente, aceitando o convite para tornar os Dez Mandamentos como parte de nossa vida. Isso será motivo de alegria, afirmou o pastor.
Nessa noite, vamos conversar sobre o primeiro mandamento.
O primeiro Mandamento.
Êxodo 20.3:
“Não terás outros deuses diante de mim”.
Vamos ver um exemplo a partir da história de uma filha que afirmou ao pai que preferia adorar seu seu namorado que não a respeitava.
As palavras da filha apunhalaram o coração do pai.
Essa é parte de uma história verídica contada por um pastor. O pai tremeu diante das palavras da filha porque sabia que o poder do amor é avassalador e quando usado de maneira errada pode nos ferir e causar um estrago terrível. Mais do que qualquer outra coisa, o amor rompe nossa proteção e nos deixa totalmente vulneráveis.
Aquele rapaz aproveitava o amor da moça para esmagar seu espírito. Foi por isso que seu pai tremeu diante das atitudes da sua filha. Ficou aterrorizado ao vê-la colocar-se nas mãos de alguém que podia magoá-la muito.
E um dos motivos porque Deus deu o primeiro mandamento foi exatamente esse. É uma advertência motivada por uma preocupação profunda de Deus para conosco. Sua mensagem é: não entregue sua lealdade e devoção a deuses que na realidade não tem nada de deus. Não conceda o lugar supremo de sua vida a algo ou alguém que, no fim, só irão desapontá-lo e machucá-lo.
O povo de Israel estava rodeado por nações que adoravam outros deuses. Os filisteus queriam colheitas e grandes pescarias; os fenícios celebravam seus cultos com orgias e festas regadas a bebidas; os moabitas e os amonitas sacrificavam crianças pelos favores de seus deuses.
Hoje a cultura popular mudou muito, as pessoas não se inclinam diante de deuses de madeira, pedra ou metal, porém os deuses continuam oferecendo o que o homem pede: abundância e prosperidade, assim como desejavam os filisteus; fertilidade, idêntico ao pedido dos fenícios; e poder, como desejavam os moabitas e os amonitas, sempre em troca de adoração.
Qual tem sido o resultado destes cultos frenéticos a outros deuses? Nunca deu certo, e nunca dará. São deuses que sempre se voltam contra seus adoradores e os devoram.
Por exemplo, qual seria a solução para a AIDS? Não é necessário que esta doença se espalhe mais. A solução é simplesmente dar mais respeito à família e ao caráter sagrado do matrimônio. Porém, os líderes políticos preferem apelar ao seu deus dinheiro para que os salve, dizendo: “construiremos laboratórios maiores e melhores, e encontraremos a vacina, para que vocês continuem com seu estilo de vida sem medo das conseqüências. Ou, continuem em suas vidas promíscuas enquanto pagamos centenas de milhões de dólares em pesquisas”.
Outro exemplo, qual seria a solução para o terrorismo? Ele se alimenta do fanatismo e encontra seus recrutas nos miseráveis campos de refugiados, onde jovens infelizes são bombardeados com a retórica do ódio. Porém, qual é solução proposta pelos líderes políticos? Recorrem ao deus do poder: “vamos construir melhores foguetes e bombas mais fortes, vamos caçar nossos oponentes e fazer com que eles saiam de seus esconderijos. Os esmagaremos e isso resolverá nossos problemas”. O resultado desta estratégia tem sido o fortalecimento ainda maior dos radicais em seu senso de injustiça e perseguição.
A verdadeira moralidade nasce de um coração renovado pela graça de Deus. Paulo disse em Romanos 12.2:
“Transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.
Experimentar a vontade de Deus significa mais do que conseguir dar as respostas certas para questões morais. Envolve mais do que ter informações. Não podemos alegar experimentar algo tão grande quanto é a graça de Deus e continuar indiferentes quanto aos problemas do mundo.
A renovação da nossa mente não é natural, é uma renovação do coração resultante de um ato de Deus a partir do desejo do homem. O salmista nos explicar isso em poucas e preciosas palavras, no Salmo 51.10:
“Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro em mim um espírito inabalável”.
Por isso, o fato de não termos outros deuses diante do Senhor vai além de simplesmente não nos curvarmos diante dos deuses falsos, mas principalmente, por adorarmos ao verdadeiro Deus. O mandamento nos diz o que não devemos e também o que devemos fazer.
Certa vez alguém perguntou para Jesus qual seria o grande mandamento. Ele citou, em Mateus 22.37-38, o texto de Deuteronômio 6.5:
“Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento”.
Quando Satanás tentou a Jesus, Ele respondeu que devemos adorar apenas a Deus.
“Eu amo o Daniel. Eu o adoro”. Jaqueline não estava pensando em se ajoelhar diante de Daniel e o adorar em um culto religioso, mas estava mais perto disso do que podemos imaginar. Adoração é uma expressão de amor, é uma atitude do coração, é uma disposição e uma decisão de tornar Deus o primeiro, de colocá-lo no trono da vida e dar-lhe o lugar de soberania, fazendo dele o nosso rei. Na verdade, só ele poderia ser tudo isso, só ele está preparado e só ele deveria fazer isso.
Essa verdade não é fruto de conhecimento, pois o mundo inteiro sabe que Jesus é rei. Mas é fruto de uma revelação. Em João 1.18 está escrito:
“Ninguém jamais viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está junto do Pai, é quem o revelou”.
Pouco antes de Jesus ser crucificado, Filipe, um dos discípulos de Jesus, lhe disse, conforme texto em João 14.8:
“Senhor, mostra-nos o Pai. Jesus respondeu: Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem me vê a mim, vê o Pai. Como dizes tu: mostra-nos o Pai?”.
A revelação é concedida àqueles que abrem seus olhos, ouvidos e, principalmente, o coração.
Ao aceitarmos o primeiro mandamento e concedermos a Deus o seu lugar como nosso único e verdadeiro Senhor, essa revelação nos será concedida de forma pessoal, e não há outra forma disso acontecer.
Fazer de Deus o primeiro significa deixar de lado idéias, interesses e pensamentos que entrem em competição ou diminuam sua soberania sobre nossa vida. E a partir disso, devemos avaliar cada situação em nossa vida, perguntando: como este pensamento, ou esta idéia, ou esta amizade, ou este tempo, ou este vídeo, ou este jogo, ou este novo emprego, como tudo isso pode afetar meu relacionamento com Deus? Quando começarmos a viver dessa maneira, a paz substituirá a angústia, a esperança afastará a depressão e o desespero.
Agora, por que este é o primeiro mandamento? Muitas pessoas acreditam na existência de Deus, mas não chegam ao ponto de torná-lo o primeiro em sua vida. E esse é o único lugar que Ele pode ocupar se de fato for nosso Deus. Por isso, esse mandamento vem em primeiro lugar. Se conseguirmos cumpri-lo, podemos partir para cumprir os demais, se não, eles virarão apenas regras de conduta livres de qualquer comprometimento mais sério com Deus.
A pergunta que preciso responder é extremamente simples, mas muito importante:
“Estou disposto a conceder a Deus o seu verdadeiro e legítimo lugar em minha vida? Estou disposto a torná-lo o primeiro?” É disso que trata o primeiro mandamento.
Aqui está um convite que ainda nos fala aos nossos corações através dos séculos, em Deuteronômio 10.12:
“Que é que o Senhor requer de ti? Não é que temas o Senhor, teu Deus, e andes em todos os seus caminhos, e o ames, e sirvas ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e de toda a tua alma?”
E qual será a nossa resposta hoje?

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