É tempo de viver um verdadeiro arrependimento
O ministrante da manhã, o Bispo Roberto Marques, iniciou a preleção lendo com a Igreja os Salmos 118 abençoando o povo em nome de Jesus, depois de glorificar a Deus e declarar a vitória do Senhor na vida da Igreja.
Nesta manhã o tema é o ministério de Jesus, disse o bispo lembrando que estamos no período em que se comemora o nascimento de Jesus, na data escolhida pelo mundo, embora, independente das discussões sobre a procedência dela, o que nos importa é saber que Jesus nasceu e veio para nos salvar e nos livrar do pecado imputado sobre a humanidade. Essa data foi escolhida para festejarmos e nos alegramos com a vinda do nosso Senhor. Jesus chegou com a missão de ser rei. Foi isso que o anjo Gabriel disse a Maria, quando anunciou seu nascimento. O ministério de Jesus é ser rei, ser Senhor, mas não com a ideia de majestade e de nobreza que os homens têm. Jesus nasceu numa estrebaria, na menor cidade de Judá, em Belém Efrata, enquanto os reis nascem em palácios, explicou o bispo.
Jesus nasceu e viveu trinta anos vivendo como um ser humano comum. Fez o que uma criança faria, a única coisa que não fez foi transgredir, sair do alvo. Ele não pecou. Há muitas coisas em nossas vidas que não é pecado, comer, ir ao futebol, ao cinema, tudo isso pode ser santo. A diferença está na forma como nos conduzimos. Jesus veio para nos dar o direito de escolha, de escolher o certo, o bom, o que é perfeito. Depois de 30 anos começa o seu ministério, não o de governo, mas de deixar os ensinamentos para que seus seguidores pudessem caminhar conforme a vontade de Deus. Ele caminhava ensinando. Alguns pensam que Ele veio para curar, para libertar e expulsar os demônios. Ele fez tudo isso, mas não foi o seu principal ministério. Ele veio para trazer vida e salvação. Ele mostrava princípios básicos e essenciais da fé a partir de parábolas, mas pegava situações que vivenciava e não perdia a oportunidade de ensinar. Em João 8:1-11
1 Jesus, porém, foi para o Monte das Oliveiras.
2 E pela manhã cedo tornou para o templo, e todo o povo vinha ter com ele, e, assentando-se, os ensinava.
3 E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério;
4 E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando.
5 E na lei nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?
6 Isto diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra.
7 E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se, e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.
8 E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra.
9 Quando ouviram isto, redargüidos da consciência, saíram um a um, a começar pelos mais velhos até aos últimos; ficou só Jesus e a mulher que estava no meio.
10 E, endireitando-se Jesus, e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?
11 E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais.
Jesus veio para ensinar a você a ter uma vida plena para agradar a Deus e quando você quer agradar a Deus vai encontrar resistência. Jesus encontrou muita resistência principalmente dos religiosos. Mas Ele não se acovardava, não fugia, e não brigava. Nessa passagem vemos que houve uma controvérsia. Jesus pregava o amor, o perdão e também o cumprimento da lei. Se Ele falasse “cumpra a lei”os fariseus se achariam certos. Se Ele dissesse “perdoa os pecados”, eles diriam “quem é Ele?” Entretanto, Ele agiu com sabedoria. Abaixou-se e começou a escrever, enquanto os fariseus insistiam na pergunta. Então Ele levantou e fez a sábia exortação voltando a escrever no chão. Pode ser que alguns daqueles não se acusam de adultério, mas outros pecados não foram mencionados naquele momento: blasfêmia, usura, maledicência, mas o pecado condenado socialmente, o adultério. Jesus. Na medida que medimos seremos medidos. Se achamos que o pecador deve morrer, então devemos nos preparar para morrer. Em alguma área da nossa vida nós falhamos, por isso devemos nos preparar para a condenação naquilo que condenamos os outros. Nenhum de nós fomos chamados para ser juízes de alguém. Quem somos nós para julgar os ervo alheio. Poderoso é Deus para nos manter em pé. Se não for pela misericórdia de Deus não somos destruídos, porque Ele pagou o preço e a sentença era a morte. Jesus Cristo morreu em nosso lugar e nos trouxe vida em abundancia. Os fariseus se foram porque não tinham argumentação, pois contra fatos não há argumentos. Você deve mostrar o pecado, mas amar o pecador. Deve mostrar para ele que deve deixar a prática do pecado, sabendo que Jesus perdoa.
Remorso é diferente de arrependimento, explicou o bispo. Remorso foi o que ocorreu com os fariseus. Arrependimento é não voltar ao mesmo erro. Essa é a palavra que Deus mandou a você, nessa manhã. Você não está para condenar, mas para ajudar a salvar o pecador. Como servo de Deus você deve cumprir a missão para a qual foi chamado. Você não deve compactuar com o pecado, nem ter comunhão com aqueles que o praticam, mas isso é diferente de amar o pecador e exortá-lo a sair do erro, tornando-se para Jesus. Você deve, como servo, fazer com que o pecador veja seu erro e não peque mais.
Jesus disse à pecadora para que mudasse de vida, embora não a tivesse condenado. Infelizmente há muitos fariseus modernos. Para essas pessoas, há pecados que Jesus não perdoaria. Não seja fariseu, não seja acusador, deixe isso para o diabo que já faz isso muito bem. Seja imitador de Deus, perdoe, libere perdão. Alerte seu irmão sobre o pecado em que ele está incorrendo, mas não o condene. A Igreja tem o poder de perdoar os pecados desde a aparição de Cristo aos apóstolos e continua com esse poder. Tiago 5:16 disse: “Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos”. Em você há autoridade para liberar uma palavra de exortação e de perdão. Ensine as pessoas a ter uma vida digna, e a andar nos caminhos do Senhor. Há pessoas que se dizem arrependidas, mas não mudam de atitudes. Muitos estão na igreja fazendo as mesmas coisas que faziam no mundo, repetindo os mesmos erros, mesmo quando são exortados a deixar o pecado.
Não seja como os fariseus, concluiu o bispo. Arrependa-se e não peque mais.
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