É Tempo de ter Amigos
O importante não é como se inicia, mas como se termina algo, afirmou p pastor Jean Robson, ao iniciar o culto da noite, na seqüência de preleções da Campanha Família Manancial. O ministrante refletiu com a Igreja que alguém sabiamente disse que entre a riqueza do nascer de uma criança e o padecer de um idoso. Está no idoso a maior riqueza. E dentro de um cemitério está concentrada a maior riqueza. Foi à tumba funerária todo um conhecimento, ajuizou o pastor. Algumas pessoas estariam a dias ou a horas de descobrir grandes coisas benéficas à sociedade.
Nesta noite estão no santuário pessoas de várias classes sociais, mas o que interessa a essa ministração é a idade de cada um. Como queremos terminar nossas vidas, questionou o pastor. O poder é transitório. Hoje temos o poder e amanhã não mais. Hoje quem nos chama pelo nome, por conta de nossa posição ou status, amanhã poderá nos desconhecer e sequer nos cumprimentar ao passar por nós. Mas a história não. Ele registra nosso percurso nessa vida., afirmou o ministrante citando Eclesiastes 7: 8 “Melhor é o fim das coisas do que o princípio delas”.
Como queremos terminar nossa história, perguntou o ministrante, instando a Igreja a ler o texto base para a ministração da noite João 8:1
1- Jesus, porém, foi para o Monte das Oliveiras.
2 E pela manhã cedo tornou para o templo, e todo o povo vinha ter com ele, e, assentando-se, os ensinava.
3 E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério;
4 E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando.
5 E na lei nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?
6 Isto diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra.
7 E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se, e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.
É para quem quer visitar sua vida, sua história é que Jesus ensina essa sábia lição. Quando Ele visita nossa casa Ele nos pega desprevenidos.
Imaginemos como isso ocorre de uma maneira prática: logo no meio da manhã, a campanhia toca e a casa está toda desarrumada, coisas fora do lugar, panela no fogo, roupas e cabelos em desalinho. Do outro lado está uma pessoa que não víamos há uns cinco anos e que está ansiosa por nossa atenção esperando colocar todo esse tempo em dia com uma conversa. O que fazemos? Em cinco minutos, tentamos ajeitar o que está espalhado, a sujeira colocamos debaixo do tapete, as coisas espalhadas jogamos na primeira gaveta, passamos o pente nos cabelos e trocamos rapidamente a roupa. E a nossa vida passa por uma rápida e intempestiva mudança, como se nada tivesse errado. Conversamos com nossa visita como se tudo estivesse em ordem, num toque de mágica damos volta nos problemas e nos reorganizamos para receber quem não esperávamos.
Jesus veio visitar a humanidade, declarou o pastor estabelecendo uma analogia com a história imaginada, e nos encontrou no meio de uma bagunça. E entrou na vida de todos que passavam e que escondiam as coisas debaixo do tapete. Por trás de toda existência, feridas, problemas grandes, Jesus dobrou a manga da camisa e mostrou ao homem que Ele não veio para julgar a humanidade, mas para dizer o que precisa ser mudado. Jesus entrou não só na casa de Zaqueu, mas de muitas pessoas. Não entrou na casa do centurião, porque ele era homem de autoridade. Às vezes não estamos preparados para algum tipo de visita. As vezes estamos preparados para a angústia, mas não estamos preparados para quando a grande vitória chegar. Imaginemos como será esse dia.
A mulher de que trata João 8:1-7 nos remete a essa reflexão. Quantas vezes estamos no meio de uma confusão sem precisar estar nela, se começarmos a pensar nossas atitudes. Essa mulher não precisa ter sido colocada no meio da multidão se ela tivesse antes analisado os riscos. Jesus está nos dizendo: você está correndo perigo. Sua salvação corre perigo, mas isso entra por um ouvido e sai por outro. E a gente só acorda quando a multidão clama por sangue com pedras na mão. Quando alguém nos quer massacrados pelas dúzias de pedras. Só diante do perigo e da ameaça é que sentimos que já é tarde demais. Por que não reparar nos problemas logo na primeira volta? A corrida já começou faz tempo em que posição queremos ficar, questionou o pastor.
A mulher não vê a multidão e o ser que quer roubar, matar e destruir. Esse ser sobre o qual nos fala João 10: 10 “O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância.” E nos ensina coisas as quais devemos prestar atenção. Moças e moços que estão a menos de um fio de cabelo de cair no abismo e viver uma vida pela metade. Quantos estão infelizes porque não conseguiram viver na plenitude que o Espírito Santo reserva para nós. Queremos maquiar as coisas. Há pessoas que precisam se dar em oferta a Deus, para ser controladas por Ele, para que Eclesiastes 7:8 se cumpra em suas vidas. O melhor é o final, quando as sandálias estão rasgadas e afirmar como Paulo em Filipenses 4: 11-13: “Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.” O apóstolo tinha um foco, uma visão e se concentrou nisso. Quando ele diz isso ele afirma que administrou traumas.
A mulher prestes a morrer descobre que nunca teve amigos. Todos emudeceram. Ela estava cercada de inimigos. É aí que Jesus entra. Não queremos que Jesus entre em nossa vida quando as coisas estão dessa forma. É melhor que Ele entre enquanto se pode escolher outro caminho. Jesus quer aumentar o nível da qualidade de vida de todos que a Ele se apegam. Ele não quer que vivamos da forma como estamos vivendo. Não quer que continuemos nossos cônjuges e filhos como vimos fazendo. É preciso aprender que vencer uma discussão não é dar a última palavra. É preciso reconhecer as coisas boas e valorizar nossos cônjuges e como eles são importantes para nosso crescimento, exortou o pastor, falando de seu próprio exemplo, ao reconhecer a importância de sua esposa para a sua vida e seu ministério.
É hora de começarmos a viver contentes e a parar de encontrar apenas problemas, críticas e descompassos. Louvar e cantar, porque Jesus, ao contrário de nós, quando olha para aquela mulher, sabia que a armadilha de morte não era para ela e sim para Ele. Quando Ele diz: “Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela”, Ele sabia que a multidão sedenta por sangue morreria pelo próprio veneno da lei. Ele conhecia a lei e sabia que se dissesse sim, concordando com o apedrejamento, seria conivente com a morte daquela mulher, prevista em Levítico 20:10 “Também o homem que adulterar com a mulher de outro, havendo adulterado com a mulher do seu próximo, certamente morrerá o adúltero e a adúltera.” Se dissesse não, estaria contrariando a lei. Mas sabia também que a idéia daqueles homens não era matar a mulher, mas usar a sua culpa, diante da lei, para matá-LO. Então Ele se arrisca para ensinar a nós que tudo que satanás planeja contra nossa vida, casamento, ministério é para refletir em Jesus. Quando ficamos como o diabo gosta: de manhã vamos ao culto e à noite nos dobramos a Jezabel, somos usados para ferir a Deus. Homens de responsabilidade que querem levar mais homens e mulheres para o céu não podem podem pregar sobre coisas terrenas, assegurou o pastor. Deus está chamando mais Obadias, Jeremias, Ezequiel para fazer a Sua obra, conforme Isaias 4: 4-5 “O Senhor DEUS me deu uma língua erudita, para que eu saiba dizer a seu tempo uma boa palavra ao que está cansado. Ele desperta-me todas as manhãs, desperta-me o ouvido para que ouça, como aqueles que aprendem. O Senhor DEUS me abriu os ouvidos, e eu não fui rebelde; não me retirei para trás.”
Ele nos diz para despertarmos porque estamos dormindo. Quando nos perdemos nos edredons de nossa vaidade, descuidamos de nossa guarda e na hora do aperto é que passamos a pensar mais na salvação de nossa vida. E de nossa alma?
O ministrante exemplificou essa reflexão com o caso do assalto no fim da tarde de quinta-feira, em Porto Alegre, quando ladrões roubaram um carro, e levaram um menino de 3 anos que estava em uma cadeira de bebê, no banco de trás. Lembrou que a mãe da criança foi abordada quando chegava em casa, e pediu aos assaltantes para deixarem que ela retirasse a criança do carro, mas eles a ignoraram e levaram o veículo. Ao entrar em casa e contar ao marido, em princípio ele não atentou para a gravidade do ocorrido pois pensava ser apenas o veículo que havia sido levado, mas ao saber que o filho estava junto o desespero da mulher tomou conta de ambos. Quando os policiais fizeram um cerco na região e encontraram a criança que foi devolvida ilesa aos braços dos pais, eles, tomados pela alegria de ter de volta o filho afirmaram que a partir daquele momento passariam mais tempo com ele e dedicariam mais atenção ao seu filho. Essa convicção só foi possível porque passaram por esse infortúnio. Deus pode ter permitido essa situação para que eles se dessem conta do que estavam perdendo. Mas e nós, precisamos passar por isso para atentarmos para as nossas falhas? Como vamos terminar nossas vidas, se a nossa geração não está sendo bombardeada com o amor que precisa?
Os nossos filhos nos observam, lembrou o pastor. E por mais que rejeitem nossa forma de agir, eles acabam fazendo o mesmo que nós, repetindo nossos modelos. Que exemplo estamos dando a eles. Jesus entrou na vida daquela mulher para mostrar algo que ela não queria ouvir, antes que as pedras chegassem. Ela não observou Levítico 20:10, por isso pecou e estava prestes a receber as pedras. Jesus conhecia a intenção daqueles homens que esperavam matar ao mesmo tempo a mulher e a Ele, por isso usou de sabedoria e o conhecimento da Lei para que aqueles homens mudassem sua intenção. O melhor de tudo é que Jesus diz: “quem não tem pecado, atire a pedra”. Conhecendo a lei, Ele sabia que os mais velhos, se atirassem a primeira pedra, seriam seguidos pelos mais jovens, mas eles receberiam o mesmo castigo. Porque a lei de Moisés diz que mulher se flagrada em adultério deve ser apedrejada, mas também quem afirmasse não ter pecado, tendo-o, morreria pela mesma pedra ainda manchada de sangue. Os mais velhos ponderam e atiraram a pedra ao chão e foram seguidos pelos outros homens.
O pastor afirmou que a Igreja só vai sair para evangelizar quando sentir na pele essa necessidade. De nada adianta pedir outra chance depois que passarmos desta vida, enfatizou citando a passagem do rico e Lázaro em Lucas 16: 20-31.
20 Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele;
21 E desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas.
22 E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado.
23 E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio.
24 E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.
25 Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado.
26 E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá.
27 E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai
28 Pois tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento.
29 Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos.
30 E disse ele: Não, pai Abraão; mas, se algum dentre os mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam.
31 Porém, Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite.
Jesus está dizendo que não adianta querer voltar, depois de morto, ao se dar conta do que poderia ter sido feito, pois a Igreja está na terra para fazer isso. Hoje é o melhor dia para zerarmos o botão e começarmos a fazer o que não havíamos feito. Quanto mais rejeitarmos, mais difícil será a nossa compreensão.
A Igreja está cheia de irmãos, mas o que Jesus quer são amigos, afirmou o ministrante, ponderando sobre quantos amigos podemos contar verdadeiramente no momento de infortúnio. A quem podemos abrir nosso coração. A quantos abriríamos a porta de nossa casa e puxaríamos o tapete, mostrando a sujeira, para em seguida pedirmos ajuda para limpar? O pecado não é o que se fez, mas o que se deixou de fazer, afirmou o pastor, citando João 12: 47- “E se alguém ouvir as minhas palavras, e não crer, eu não o julgo; porque eu vim, não para julgar o mundo, mas para salvar o mundo. Quem me rejeitar a mim, e não receber as minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia.”
Jesus está dizendo: “quem tem a pedra na mão é quem não nos ama. A igreja não pode ter pedras na mão. Mas nesse momento, Deus vai fazer na nossa vida o que não aconteceu há cinco meses, profetizou o ministrante afirmando que precisamos tirar a revolta e a tristeza de nossas vidas e concluiu dizendo que sábio é o homem que encontra possibilidade nas dificuldades e tolo é aquele que encontra dificuldades nas oportunidades.
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