É tempo da manifestação da justiça de Deus
O pastor Jorge Rojas, no encerramento desta campanha, fez uma breve retrospectiva das mensagens anteriores, quando exortou a Igreja a proclamar o reconhecimento dos talentos recebidos, lembrando que esses talentos serão melhor empregados quando usados com o instinto natural do qual também fomos dotados por Deus. Quando usamos essa percepção e reconhecemos as evidências do poder de Deus em nossa vida, passamos a desfrutar da maravilhosa luz. O pastor, ao projetar o vídeo da missão que vem desenvolvendo no Haiti, lembrou a Igreja que
esse país está vivendo as consequências de seus líderes terem se entregado à feitiçaria e se esquecido do verdadeiro Deus.
O pastor fundamentou sua palavra demonstrando biblicamente que a obediência a Deus é necessária, mas também é importante insistir com Deus, armando-nos do conhecimento e de estratégias para obter Dele as bênçãos reclamadas. Ele leu com a Igreja o trecho de 2Cor. 10:5, que nos capacita a nos armas dessas estratégias: "derrubando raciocínios e todo baluarte que se ergue contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência a Cristo;". E usou a história de Ana, registrada em 1 Samuel 1:11, para ensinar a Igreja como obter as graças do Senhor: "e fez um voto, dizendo: ó Senhor dos exércitos! se deveras atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva não te esqueceres, mas lhe deres um filho varão, ao Senhor o darei por todos os dias da sua vida, e pela sua cabeça não passará navalha."
E como quem sabe e conhece as evidências da soberania do Todo Poderoso e da absoluta vitória de Seu reinado, o pastor convidou a Igreja a participar dos sete anos de festa das bodas do cordeiro, retomando os princípios orientadores para se obter as bênçãos de Deus. E assim, explicou que, quando nos sentimos injustiçados, assim como Ana, clamamos por justiça. O pastor explicou que há vários tipos de justiças. O primeiro tipo de justiça, a justiça ideal, ou perfeita. O segundo tipo de justiça: a justiça dos homens. O terceiro tipo de justiça é aquela praticada pelos missionários e pela Igreja de Cristo: a justiça social. O pastor citou o episódio em que Jesus lembrou que aqueles que praticam a justiça social, aqueles que alimentam os famintos e socorrem os pequeninos entram no estilo de vida de seu senhor. Acolher ao estrangeiro, visitar os doentes, acolher o necessitado é praticar a justiça social. Há um quarto tipo de justiça, a justiça divina, explicou o pastor, citando a história de Ana, que carecia da justiça divina. Precisamos aprender com Ana a buscar essa tão esperada justiça. Ana não ficou em casa lamentando, mas foi à casa de Deus. O pastor lembrou que muitas pessoas quando estão tristes ou com problemas isolam-se em casa. Ana não ficou em casa, quando se sentiu injustiçada, mas foi à casa do Senhor buscar a bênção que já estava preparada para ela. A vitória começa quando acreditamos nela. Foi isso que ocorreu com Gideão, destacou o pastor. Vencemos os problemas pela fé, enfatizou o ministrante, acrescentando que o mundo trabalha para diminuir nossa fé. Ana foi ao templo porque acreditava que ali a justiça de Deus estava esperando por ela. Ela acreditava que deveria entregar no altar do Senhor. Enquanto o problema está em nossas mãos Deus não pode agir, mas, quando entregamos a Ele o problema, esse deixa de ser nosso e passa a ser Daquele que é poderoso para fazer muito mais do que pedimos. A oração de Ana é forte, asseverou o pastor, retomando a história de Gideão, assegurando neste exemplo que a atitude correta libera a benção completa. O pastor lembrou o momento em que Jesus, na cruz, dirigiu-se ao Pai e desabafou: "Deus por que me abandonaste?" Aquele era um momento de intenso sofrimento e Jesus clamou ao Pai. Ana fez isso, dirigindo-se à pessoa certa. A boa notícia, garantiu o pastor, é que hoje também podemos clamar ao Pai e Ele nos ouve. Ana suplicou "olha pra mim!" Ela disse isso com o coração.
O pastor acrescentou que muitos precisam da justiça de Deus, mas deixaram de fazer como Ana, deixaram de ir ao templo, ou passaram a ser crente profissional, sem emoção, mas tão somente formal. O pastor citou o episódio em que o profeta chegou à casa do rei Ezequias e entregou uma palavra anunciando sua morte. O profeta saiu dali e seguiu seu caminho, mas o rei não aceitou aquela sentença e clamou a Deus. E Deus lembrou-se de Ezequias e acrescentou mais quinze anos de vida e de prosperidade àquele homem. Ele não precisou fazer uma grande e repetitiva oração, mas fez uma oração que mexeu com o coração de Deus. Foi assim também com Ana. E Deus a ouviu. Ele não se esquece de nós e nos diz: "Eu sei que você está cansado de tanta luta, de tanta decepção, de tanta batalha, mas não desista!" Deus vai mandar a benção que Ele prometeu. Faça a sua parte, exortou o pastor, continue lutando, Deus não se esqueceu de você. Ele não se esqueceu de Josué, por ele, fez parar o sol. Ele quebra até as leis da natureza, quebra o protocolo, se prometeu, Ele vai cumprir. Deus olhou para Zaqueu, Ele se lembrou de Ezequias, Ele não se esqueceu de Ana. Ela queria um filho, mas Deus lhe deu muitos outros. Assim Ele fará com você, garantiu o pastor, encerrando com o cântico de Ana registrado em 1Samuel 2 -1-10:
1. Então Ana orou, dizendo: O meu coração exulta no Senhor; o meu poder está exaltado no Senhor; a minha boca dilata-se contra os meus inimigos, porquanto me regozijo na tua salvação.
2. Não há santo como o Senhor; não há outro fora de ti; não há rocha como a nosso Deus.
3. Não faleis mais palavras tão altivas, nem saia da vossa boca a arrogância; porque o Senhor é o Deus da sabedoria, e por ele são pesadas as ações.
4. Os arcos dos fortes estão quebrados, e os fracos são cingidos de força.
5. Os que eram fartos se alugam por pão, e deixam de ter fome os que eram famintos; até a estéril teve sete filhos, e a que tinha muitos filhos enfraquece.
6. O Senhor é o que tira a vida e a dá; faz descer ao Seol e faz subir dali.
7. O Senhor empobrece e enriquece; abate e também exalta.
8. Levanta do pó o pobre, do monturo eleva o necessitado, para os fazer sentar entre os príncipes, para os fazer herdar um trono de glória; porque do Senhor são as colunas da terra, sobre elas pôs ele o mundo.
9. Ele guardará os pés dos seus santos, porém os ímpios ficarão mudos nas trevas, porque o homem não prevalecerá pela força.
10. Os que contendem com o Senhor serão quebrantados; desde os céus trovejará contra eles. O Senhor julgará as extremidades da terra; dará força ao seu rei, e exaltará o poder do seu ungido.